Na Umbanda, os guias espirituais são espíritos que atuam como intermediários entre os seres humanos e as divindades ou forças espirituais. Eles são vistos como espíritos de luz que têm a missão de auxiliar e orientar os praticantes da religião em sua jornada espiritual, oferecendo conselhos, cura e proteção.
Os guias espirituais na Umbanda podem ser classificados em diferentes categorias, cada uma com suas características e funções específicas. Alguns dos tipos mais comuns de guias incluem:
1. Caboclos: São entidades que representam os povos indígenas e geralmente estão associados à cura, proteção e sabedoria ancestral. Os caboclos são conhecidos por sua ligação com a natureza e sua habilidade de trabalhar com ervas e elementos naturais para a cura física e espiritual.
2. Pretos Velhos: Representam os ancestrais africanos e afro-brasileiros que foram escravizados. São conhecidos por sua sabedoria, paciência e capacidade de aconselhar e confortar aqueles que os procuram. Os Pretos Velhos geralmente são invocados para questões relacionadas à superação de dificuldades, problemas familiares e aconselhamento espiritual.
3. Crianças: São entidades infantis que representam a pureza e a inocência. Elas geralmente são invocadas para trazer alegria, leveza e proteção espiritual. As crianças são vistas como guardiãs das crianças vivas e também têm a capacidade de trabalhar com questões emocionais e traumas do passado.
4. Exus e Pombogiras: São entidades associadas ao culto afro-brasileiro de origem afro-ameríndia. Eles são vistos como guardiões dos caminhos, responsáveis por abrir e fechar portas, proteger contra influências negativas e resolver questões ligadas ao plano material, como trabalho, dinheiro e relacionamentos.
Essas são apenas algumas das categorias de guias espirituais na Umbanda, e há muitas outras entidades que podem se manifestar durante as práticas religiosas tais como: baianos, marinheiros, boiadeiros, malandros e ciganos.
É importante ressaltar que na Umbanda, a relação entre os praticantes e seus guias é baseada em respeito, confiança e devoção, e a comunicação com essas entidades geralmente ocorre por meio de rituais, preces e incorporações mediúnicas durante as sessões espirituais denominadas “giras”.