Em nosso entendimento, não existe fases para desenvolvimento mediúnico, no médium ostensivo, o fenômeno se apresenta como um todo, o que vai diferenciar é qual tipo de mediunidade que o médium tem aptidão.
Na Umbanda geralmente o tipo de mediunidade mais comum é a incorporação juntamente com a psicofonia, ou seja, médium incorpora e fala ao mesmo tempo. Segundo a ciência espírita a mediunidade é orgânica e o fenômeno ocorre na glândula pineal com o espírito acionando o córtex cerebral.
A dificuldade de desenvolver a mediunidade é que todos os médiuns são conscientes e a questão anímica é muito forte no começo, ou seja, a mais interferência do médium do que do espírito comunicante, é aquela velha questão que o médium passa na frente, ou não sabe definir o que é seu ou do espírito.
O animismo faz parte da mediunidade porque é uma questão intrínseca do próprio médium, com passar do tempo o médium torna-se mais experiente e confiante e interfere menos no intercambio mediúnico.
Em nossa experiência mediúnica, entendemos que o médium iniciante tem que expandir a mente (abrir-se para novas ideias, ser curioso, desafiar-se a si mesmo, experimentar coisas novas) e confiar e deixar o fenômeno acontecer e depois fazer a análise do ocorrido, ou seja, faz a experimentação para depois tirar as conclusões de como foi o exercício mediúnico. Seguindo esse método, o médium vai dar o primeiro passo e o espírito vai fazer a sua parte.
Aliado a isto, além de estar confiante, o médium tem que ter como objetivo de praticar a mediunidade sem orgulho e vaidade e somente com o firme propósito de fazer o bem. Por fim, o grande combustível da mediunidade é o conhecimento!
O médium que estuda e entende os fenômenos que experimenta, será um canal mais claro e útil para os espíritos comunicantes, o que contribui para um intercâmbio mediúnico mais eficaz e elevado.